domingo, 5 de dezembro de 2010

Escultura Romana

A escultura da Roma Antiga desenvolveu-se em toda a área de influência romana, com seu foco na metrópole, entre os séculos VI a.C. e V d.C.. Em sua origem derivou da escultura grega, primeiro através da herança etrusca, e logo diretamente, pelo contato com as colônias da Magna Grécia e com a própria Grécia, durante o período helenista. A tradição grega permaneceu uma referência constante ao longo de toda a trajetória da arte escultórica em Roma, mas contradizendo uma antiga e generalizada opinião de que os romanos foram apenas meros copistas, hoje se reconhece que foram capazes não só de assimilar e elaborar suas fontes com maestria, mas também de dar importante contribuição original a essa tradição, visível em especial na retratística, gênero que gozou de prestígio singular e deixou exemplos de suma perícia técnica e elevada expressividade, e na escultura decorativa dos grandes monumentos públicos, onde se desenvolveu um estilo narrativo de grande força e caráter tipicamente romano.




O papel da escultura na sociedade romana :

 Roma foi uma sociedade eminentemente visual. Com a maior parte de sua população analfabeta e incapaz de até falar o latim erudito que circulava entre a elite, as artes visuais funcionaram como uma espécie de literatura acessível às grandes massas, confirmando ideologias e divulgando a imagem de personalidades eminentes. Nesse contexto, a escultura desfrutou de uma posição privilegiada, ocupando todos os espaços públicos e privados e povoando as cidades com inumeráveis exemplos em várias técnicas. Boa parte da escultura produzida em Roma pertence à esfera religiosa ou está a ela relacionada de alguma forma. Até mesmo os retratos tinham frequentemente associações com o sagrado, e assim como em todas as culturas, Roma não divergiu na prática de produzir imagens propriamente de culto, que estavam presentes desde os grandes templos públicos até a mais modesta das habitações. Não só os grandes gêneros escultóricos em bronze e mármore se tornaram comuns - a estatuária, os grandes sarcófagos, os relevos arquiteturais, os camafeus gravados em pedras preciosas - mas mais ainda as estatuetas em terracota, as placas funerárias simples, as máscaras mortuárias em cera, cujo custo estava dentro do alcance das classes mais baixas, e sem falar nas moedas, que podem ser vistas como um gênero de relevo em miniatura e estavam espalhadas até entre a massa do povo. 

 

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